sexta-feira, 29 de junho de 2018

SÃO PEDRO: A TRADIÇÃO DE MOSQUEIRO COMEMORA SEU CENTENÁRIO.

Foi às 5h00 dessa quinta-feira, 28/06, que a ilha de Mosqueiro acordou com os estouros dos foguetes que foram queimados na praia do Areão. Esse era o aviso de que o dia seria de fé e muita animação em honra a São Pedro.

Depois das primeiras orações em frente a residência de Diva Palheta, quem por toda sua vida coordenou a festividade herdada de sua mãe, uma procissão iniciou percorrendo as ruas dos bairros Vila e Maracajá, seguindo para a casa de Raimunda Escolástica, que oferece a Banda de Fanfarra um café da manhã reforçado, já que para eles o dia 28 é considerado longo. E bote longo.

O café da manhã que é oferecido também a famílias Palheta, que coordena a festividade religiosa e profana é oferecido pela família Cardoso a quase trintas anos. Dona Escolástica, matriarca da família disse que isso agora trata-se de uma promessa.

“Sempre fomos responsáveis pelo café da família e da banda, mas foi depois da morte de meu filho Roberto que passei a doar de forma permanente, já são 19 anos de emoção, lembranças e fé. Enquanto eu estiver nesse mundo o café sempre será aqui.” disse Raimunda Escolástica emocionada.

Na sede dos Peles Vermelha, Universidade de Samba de Mosqueiro, os tradicionais camuflados faziam a concentração para juntos irem até uma área de mata, no bairro das Mangueiras, para retirarem os mastros das mulheres e homens que foram marcados a  semanas atrás.

Centenas de pessoas ao som da Banda de Fanfarra seguiram debaixo de um sol de 38° que não fez baixar a alegria daquela multidão. Ao chegar na área de mata o primeiro mastro a vir a baixo foi das mulheres, que recebeu a última machadada de Jane Bentes.

“A primeira foi da Kátia Cezar e a última machadada foi minha. É muita alegria, é muita emoção. Temos que continuar com essa festa que é tradição na nossa Ilha.” falou Jane enquanto cortava folhas de palmeira para decorar o mastro.

(Jane Bentes no local onde foram retirados os mastros)

Já o dos homens, cerca de dois metros maior que das mulheres, foi ao chão depois do último golpe de machado de Antônio Pontes, conhecido como Louro, que participa da festa a mais de 18 anos.

Depois das retiradas todos voltaram para a Sede dos Peles, desta vez com os mastros que é uma das peças principais do dia 28 de junho. Para aquelas dezenas de pessoas foram servidos feijoadas e outros tipos de comidas ofertados pelos padrinhos de 2018.

O cortejo que levou os mastros para a Terreirão da Diva iniciou às 16h10, seguindo em direção ao Cemitério da Vila, onde na rua Siqueira Mendes, na direção do túmulo de Diva Palheta, uma homenagem foi feita arrancando ali lágrimas dos participantes. Diva herdou a tradicional festividade de sua mãe e coordenou até o ano de 2015 quando faleceu no dia 18 de Dezembro.

Seguindo pelas ruas da Vila os mastros iam em direção ao Terreirão, a cada esquina o tradicional giro com as toras de madeira  erguidas pelas forças somadas de homens e mulheres fazia os participantes vibrarem de emoção.

(Cortejo dos Mastros na Praca Matriz)

O cortejo chegou ao destino às 18h00 e era aguardado por uma multidão. No palco a coordenadora atual da festividade, Luciana Bitencourt que é neta de Diva, lembrou de várias pessoas que fizeram parte da festividade e que aqui não estão mais. Luciana se emocionou ao falar da Avó.

“Impossível falar dessa festividade e não falar de Diva, não falar do seu esforço e amor. Hoje estou a frente de algo que minha avó herdou de sua mãe, mas que é feita também por todos vocês.” disse ela.

Luciana Bitencourt falou também do centenário que a festa completa neste ano de 2018.

“Hoje estamos aqui comemorando os 100 anos de uma festa que é religiosa e profana. O sucesso também é por conta de todos vocês que estão aqui. Nos duzentos anos eu não estarei mais aqui, assim, como muitos de vocês, mas vamos deixando esse legado, essa tradição para as gerações futuras que aqui estarão nos representando e tornando o sucesso ainda maior.” falou Luciana emocionada e sendo aplaudida.

Com a oração de São Pedro, narrada por Pedro Paulo Durinho, os mastros foram erguidos em uma área reservada às 18h15. Na ponta de cada um estava a bandeira com a Imagem de São Pedro e Diva Palheta que emocionou os participantes.

A festividade iniciou com novenas no início de junho, no dia 29/06 é realizada diversas programações como procissão fluvial que saindo do porto Pelé e a derrubação dos mastros. A festa segue até o dia 30.

Por: Wellington Júnior de Sousa

domingo, 24 de junho de 2018

UMA FORMA NOVA DE CONHECER MOSQUEIRO


Que tal a gente mostrar o lado bom dessa ilha chamada Mosqueiro? Pois é, esse é nosso objetivo e a partir de agora você vai viajar conosco por essa bucólica que nos trás tranquilidade e lazer.

Estamos a 72 km da capital paraense, somos palco de grandes eventos e temos belezas naturais que tiram o fôlego de quem por aqui passa.

Neste Blog te contaremos histórias, te mostraremos locais pouco mostrados ou nunca, além, das grandes figuras que aqui nessa ilha vivem. Embarcar nessa viagem será uma missão pra lá de especial.

Bora? Então nos acompanhe aqui e em nossas redes sociais Instagram @tonamoca e FanPage Tô na Moca - Mosqueiro, PA. Será um prazer contar histórias e ter você com a gente! Simbora!
(Foto: Rio Pratiquara, região da Ilhas)

Por: Wellington Júnior de Sousa

SÃO PEDRO: A TRADIÇÃO DE MOSQUEIRO COMEMORA SEU CENTENÁRIO.

Foi às 5h00 dessa quinta-feira, 28/06, que a ilha de Mosqueiro acordou com os estouros dos foguetes que foram queimados na praia do Areão. ...